Na hora de adotar um animal de estimação devemos levar em conta também a chegada das férias: quem vai cuidar do gatinho? Dá para viajar com o cachorro? Por aqui entendemos bastante do assunto, já que temos cachorro, gatas e peixinhos. Jamais deixamos de pensar neles na hora de planejar as férias!
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O pet vai ficar em casa ou no hotelzinho?
Quando viajamos, é importante colocar no orçamento os gastos com hotelzinho do seu pet também – que já adianto,não é baixo. Mas é importante deixar em um lugar de confiança ou com um pet sitter que vá cuidar muito bem de seu animal!
O médico veterinário e responsável técnico do HiperZoo em Curitiba, Dr. Adolfo Sasaki, afirma que animais medrosos e idosos, além de gatos, podem ficar muito estressados ao serem retirados de seu ambiente e ter sua rotina alterada. Nesses casos, o mais indicado é contratar um pet sitter, que é uma pessoa que irá até a sua casa cuidar do animal durante a ausência da família.
Já o hotel pode ser uma boa opção para os animais mais sociáveis e que precisam de mais exercícios. “Se o hotel também oferecer o serviço de day care, uma boa ideia é levar o pet algumas vezes antes da estadia. Assim ele já estará familiarizado e o tutor pode aproveitar para observar a rotina de cuidados e atividades”, aconselha o veterinário.
Pergunte ao hotelzinho quais as regras de hospedagem, mas em geral é necessário a administração de vermífugos e antipulgas, além da comprovação de vacinas.
Com as nossas gatinhas, todas as vezes que viajamos, chamo uma pessoa de extrema confiança para cuidar delas. Quem tem gato sabe que é muito estressante para eles saírem de casa.
Os peixes também ficam em casa e recebem os cuidados da mesma pessoa que cuida das gatas. Nos pet shops a gente encontra comidinhas em gel ou blocos que podem ser usadas para um período prolongado nos aquários. Já achei para um fim de semana e até 15 dias.

Os alimentadores para períodos de ausência.
Com a nossa labradora é um pouco diferente: ela já nos acompanhou em muitas viagens para a praia. Mas neste caso também precisamos tomar algumas precauções!
O pet vai viajar com a família
Vacinação em dia
“Consultar o veterinário e conferir se o esquema vacinal está em dia é essencial para proteger o pet contra algumas doenças”, comenta Dr. Adolfo Sasaki. A emissão de um documento para a comprovação da saúde do animal também pode ser exigido em alguns hotéis e é obrigatório para viagens de avião.
A administração de vermífugos e antipulgas são ainda mais importantes antes da viagem ou estadia em hotel, pois o calor, contato com outros animais, passeios em gramados e locais de grande circulação deixam os pets mais expostos.
Transporte
A segurança durante o trajeto é fundamental. Os gatos devem ser transportados em caixas ou bolsas apropriadas e, os cães, em caixas de transporte ou com peitorais fixos por cinto de segurança ou em cadeirinhas, no caso de raças de pequeno porte. “O tamanho da caixa de transporte deve permitir que o animal fique em pé e dê uma volta ao redor do próprio corpo. A caixa deve ser presa ao cinto de segurança, pois em caso de acidente ou freada brusca, ela pode ser arremessada, ferindo o animal e os passageiros do veículo”, explica Sasaki.
Alimentação antes da viagem
O ideal é que o bichinho seja alimentado até três horas antes de iniciar a viagem, evitando assim que enjoe durante o trajeto. A temperatura no interior do veículo é outra preocupação importante. Faça pequenas pausas para que o pet possa beber água, fazer suas necessidades fisiológicas e esticar as perninhas.
Não se esqueça da caminha, cobertas e brinquedos preferidos do animal, que o ajudarão a se sentir mais confortável, além de medicamentos de uso contínuo, carteira de vacinação e, lógico, coleira com placa de identificação.
Viagem de avião
O médico veterinário da fabricante de alimentos para cães e gatos Magnus, René Rodrigues Júnior, explica sobre viajar com cães de avião. De acordo com o veterinário, é obrigatório o porte da GTA (Guia de Transporte Animal), que é uma espécie de “atestado médico” para o cachorro e que pode ser adquirido com um veterinário. A GTA evita qualquer tipo de transtorno mais burocrático com as companhias aéreas, aeroportos e até mesmo com a imigração. Mas vale a pena sempre se informar se o animal viajará em um compartimento próprio para transporte ou se poderá acompanhar o seu dono. “Normalmente, animais de grande porte vão em um lugar específico no avião, que é refrigerado e preparado para esse tipo de situação”.
Para quem vai fazer uma viagem internacional com o cãozinho, é importante saber que cada país tem suas regras específicas. Nos Estados Unidos, por exemplo, não é obrigatório o teste de sorologia, que verifica a existência de anticorpos e imunidade do cão à raiva, mas, ainda assim, o processo deve começar com pelo menos 30 dias antes da viagem. Nos países que exigem a sorologia, o certo é começar com 120 dias de antecedência.
Viagem de ônibus
Segundo o Dr René Rodrigues Júnior, geralmente, somente animais de pequeno porte são aceitos nas viagens de ônibus. É obrigatório também a apresentação do Atestado Sanitário para Trânsito de Cães e Gatos, fornecido pelo veterinário. A carteira de vacinação deve estar atualizada e com destaque principalmente para a imunização antirrábica. O cão deverá ser colocado em uma caixa de transporte apropriada e de preferência na poltrona ao lado do seu dono. Na dúvida, consulte sempre as companhias de ônibus, para não ser surpreendido na hora.
Hotéis familiares que aceitam cachorros
Muita gente vem optando por escolher hotéis pet friendly que aceitam a hospedagem do animal de estimação da família. No Estado de São Paulo, por exemplo, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih-SP) observa que o número de hotéis pet friendly cresce de forma acelerada nas cidades do interior.
No Hotel Urbano, agência de viagens do Todas as Mães, é possível fazer uma busca por hotéis que aceitam animais.
Mas é claro que na hora de decidir se o pet irá junto com a família para a viagem é importante avaliar o comportamento do animal em situações que fogem da sua rotina. Em casos de animais muito agitados, medrosos ou que estranham ambientes diferentes, por exemplo, a viagem pode ser muito negativa para o pet e para a família.
O bem estar do seu animalzinho deve ser sempre levado em consideração!